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Leão ou Gato?

O leitor deve estar curioso sobre o tema Leão ou Gato, escolhido como comparativo por este colunista, mas é isso mesmo, existem pessoas que no mundo virtual, blogs, Blogger, Wordpress, Tumblr; Microblogs: Twitter, Pownce, Snapchat; Redes sociais: Orkut, Facebook, LinkedIn, MySpace, Google+, WhatsApp, são verdadeiros LEÕES, já no mundo real, sim, este aqui fora, nas escolas, residências, trabalhos, na rua, no barzinho, na convivência real com pessoas, na Câmara de Vereadores, na Prefeitura Municipal, nos hospitais, postos de saúde, são verdadeiros GATINHOS, esse é o principal comparativo do tema de hoje.

Dou início à coluna desta semana, com um ditado popular, conhecido por muitos, que tem objeto direto com o tema explanado a seguir:

                  “É fácil ser pedra; difícil é ser vidraça!”

Pois, é sempre muito mais cômodo ou descomplicado criticar, acusar e cobrar, do que propriamente, enfrentar situações incômodas e delicadas, ou até mesmo, apresentar soluções.

Vejo inúmeras postagens diariamente no Facebook, no Instagram, e no WhatsApp, e não me excluo destes, que criticam os Governos (Federal, Estadual e Municipal), a política em geral, além de assuntos populares.

Uma pesquisa sobre redes sociais, realizada no painel de respondentes do Opinion Box https://blog.opinionbox.com/resultados-de-pesquisas/, entre os dias 19 e 24 de abril, onde foram entrevistados 1.772 homens e mulheres a partir de 16 anos de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal e de todas as classes sociais, revelou alguns comportamentos dos brasileiros na internet.

Como já era de se esperar, o Facebook continua sendo a rede social mais popular entre os brasileiros. 94% dos internautas possuem conta na rede de Mark Zuckerberg. 57% são usuários do Instagram, 50% utilizam o Google+ e 35% possuem conta no Twitter. As redes menos utilizadas são Linkedin (23%), Pinterest (20%), Snapchat (18%) e Tinder (6%). Além disso, 5% afirmam possuir contas em outras redes sociais.

É interessante observar como a preferência varia com a idade. 69% dos jovens até 29 anos escolheram o Facebook e 19% optaram pelo Instagram. Entre os que têm de 30 a 49 anos, 79% preferem o Facebook e 11% o Instagram. Para quem tem 50 anos ou mais, 87% escolheram o Facebook, e 5% o Instagram.

Há também uma pequena diferença por sexo. Ainda que ambos prefiram o Facebook da mesma forma (76%, tanto para os homens quanto para as mulheres), elas gostam mais do Instagram (16% das mulheres e 11% dos homens) e uma proporção maior deles preferem o Twitter (2% das mulheres e 5% para os homens).

Vale ressaltar que a percepção de que o mundo melhorou com as redes sociais é maior entre aqueles que tem 50 anos ou mais, e 27% dos internautas até 50 anos acham que o mundo é melhor ou muito melhor agora. Esse número aumenta para 34% entre os que tem 50 anos ou mais.

O que mais me chama a atenção, são os seguintes dados da pesquisa:

“……. 37% dos internautas já tiveram uma discussão acalorada nas redes sociais, sendo que, para 20% deles, isso aconteceu mais de uma vez. Os homens costumam discutir mais do que as mulheres. 56% dos homens e 67% das mulheres afirmaram que isso nunca ocorreu. O número também varia com a idade. 43% dos jovens até 29 anos já discutiram nas redes sociais. Esse número cai para 35% entre os que têm de 30 a 49 anos e para 29% entre os que têm 50 anos ou mais”.

Vejo pessoas, que jamais entrariam em um debate pessoalmente, enquanto atrás de uma tela e um teclado, não titubeiam em acalorar alguns debates, impondo seus posicionamentos mais ferrenhos e muitas vezes destrutivos, verdadeiros LEÕES protegendo sua prole, já na vida real, quando chamado para discutir alguns assuntos, se escondem feitos GATINHOS se omitindo se quer, dar uma opinião formada sobre certos assuntos.

Primeiramente, temos que ter em mente que não somos guarnecidos de um órgão especializado para fiscalizar práticas ilícitas que vão de encontro aos direitos da propriedade intelectual (que abrange direitos inalienáveis, como nome e moral) e industrial, como as alfândegas e a polícia de fronteira fazem com os nossos “muambeiros”.

As Delegacias Especializadas em Crimes Eletrônicos acabam se voltando somente para crimes que ecoam na mídia. O que não é de todo ruim, uma vez que é melhor isso do que nada – como foi o “caso Carolina Dieckmann”. Imaginem quantos casos parecidos com o da atriz deixaram de ter um desfecho por falta de estrutura da polícia.

Percebem como as falhas desse mundo real são ampliadas para o mundo sem fronteira da realidade virtual.

Existem ainda inúmeros outros problemas do mundo real que afetam de forma violenta o mundo virtual (e vice-versa). A dificuldade de preservação da prova virtual e a identificação dos computadores (IP’s), que muitas vezes não é fácil e acaba desaguando na dificuldade de encontrar o autor de um crime virtual.

Embora seja de extrema importância a elaboração de leis como o Marco Civil e tantas outras regulamentações acerca do mundo virtual, os crimes cometidos em tal âmbito nunca (ou muito pouco) serão passíveis de punição, enquanto carecermos de mecanismos no mundo real para tornarmos as leis realmente aplicáveis a todos e consequentemente, eficazes.

Desta forma, vejo brotar no facebook “fakes” desde aqueles simples, de fundo de quintal, que faz um perfil falso, para importunar a vida alheia, ou descentralizar o foco político de uma pessoal ou autoridade naquele momento específico, lançando inverdades, até mesmo àqueles mais sofisticados, envolvendo Ministério Público e outras autoridades brasileiras.

Alguns “fakes” não sabem que é crime, mas certamente um dia, pagarão nos moldes da Lei Penal.

Como muitos brasileiros, também gosto de verificar as postagens no Facebook, um conglomerado de notícias, vídeos, fotos, dentre as mais diferentes espécies e gêneros. Nesta semana, foi surpreendido por uma postagem que relata, justamente a indignação de um(a) usuário(a) do Facebook, pelas posturas de alguns outros usuários, como segue:

“Informo aos meus amigos do Facebook que minha opinião não se baseia em candidato político nenhum. Que chato isso! Tudo que postamos é porque apoiamos fulano ou beltrano, isso virou uma doença. Existe vida fora dos padrões políticos. Estou me lixando se não estou me enquadrando num padrão que a sociedade julga ser o correto ou incorreto. Luto pela justiça e pela paz, jamais serei corruptível…”

As palavras acima, escritas por um usuário do Facebook, me chamaram atenção, vejamos que, a pessoa está indignada com o posicionamento dos outros usuários, quando criticam ou posicionam-se cobrando uma postura que muitas vezes não existe, a pessoa é clara quando diz não se basear, e nem apoiar candidato político nenhum, apenas expressar sua opinião sobre algum fato, independente dos padrões colocados pela sociedade como direita, esquerda ou centrão.

Infelizmente, isso tem sido rotineiro nas redes sociais, quando alguém coloca uma postagem sobre cidadania ou até mesmo política, ser criticado por alguém sobre um posicionamento de esquerda ou de direita.

É de suma importância esclarecer POLÍTICA é a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados, ou seja, na sua essência não está ligada diretamente à nenhum partido ou candidato, é ato que deve ser praticado por todos cidadãos.

É preciso reinventar os legislativos municipais e a gestão pública, deixando principalmente os instrumentos de participação da população como CONSELHOS MUNICIPAIS E AUDIÊNCIAS PÚBLICAS com aplicação correta e não apenas para “preencher tabela”, chega de brincar de democracia, ela é verdadeira, está ai, nas Leis Federais, Estaduais e Municipais, é preciso deixar de ser um LEÃO apenas no computador e rugir também aqui fora.

(Carlos Henrique Ruiz)

O leitor naturalmente se lembra como o Brasil se “colloriu” na época do governo Collor: milhares de estudantes, trabalhadores, adolescentes, etc., “pintados” de vermelho e com bandeiras dos partidos políticos de esquerda, em sua maioria, gritavam palavras de ordem, organizavam passeatas, protestos, etc., até que conseguiram o impeachement do Collor.

Foi uma vitória da ética, da democracia e restaurou a confiança na coisa pública.

Pois bem, atualmente, temos muitos “caras-pintadas-digitais”, facilmente encontrados no Facebook, basta percorrer alguns minutos no computador ou celular que você encontrará dezenas destes, porém, quando é necessário praticar a cobrança pessoalmente através de passeatas, protestos, comparecimento às Câmaras de Deputados, Vereadores, Paços Municipais, para cobrar um posicionamento dos políticos, o número é reduzido para centenas, e quando se fala em trabalho voluntário, para colaborar com a cidade, este número se reduz a dezenas.

A carência de governabilidade e os julgamentos produzidos por outras instituições políticas (TCU e TSE), além de julgamentos pelo STF, levaram o cidadão focar suas preocupações em Brasília, quando, em verdade, os municípios também protagonizam, bem ou mal, exatamente a percepção que temos do sistema político.

Neste aspecto, a dinâmica política municipal não pode passar incólume aos desafios de fortalecer a cultura política e, sobretudo, as instituições políticas da nossa democracia.

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Sobre o autor

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Carlos Henrique Luques Ruiz

Dr. Carlos Henrique Luques Ruiz - Advogado; Pós Graduado em Direito Tributário; Perito Contábil; Pós Graduado em Gestão Pública com ênfase em Cidades Inteligentes. Membro do Conselho Regional de Prerrogativas da 18ª Região da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo

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