Tornado, ciclone, furacão: eles estão ficando mais frequentes no Brasil?

Na sexta-feira (7), os estados do Sudeste sentiram os efeitos da passagem de um ciclone extratropical, que trouxe chuvas e ventos intensos, conforme previsto.

o Centro-Sul do Paraná sofreu a devastação de tornados com ventos superiores a 250 km/h.

Embora relacionados, tornado, ciclone extratropical e furacão são fenômenos distintos em escala, duração e potência.

O tornado é um fenômeno menor, com até 1 km de largura, que dura poucos minutos, enquanto o ciclone pode atingir mil quilômetros e perdurar dias.

Em termos de velocidade, tornados são mais intensos, com ventos que ultrapassam 250 km/h, contrastando com ciclones extratropicais, que atingem ventos em torno de 100 km/h.

Estudos indicam que o Brasil registra com mais frequência tornados do que se imagina. Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apontou ao menos 205 tornados entre 1990 e 2011, e a previsão é de aumento devido às mudanças climáticas.

O furacão refere-se a ciclones tropicais formados em regiões quentes próximas à Linha do Equador, onde as temperaturas do mar alcançam pelo menos 27ºC.

Na América do Sul, houve um único registro de furacão, em 2004, que causou mortes e danos importantes no sul de Santa Catarina, com ventos ao redor de 200 km/h.

Formação dos Fenômenos

  • Tornado: Originado em tempestades severas, resultantes de sistemas de baixa pressão que levam à instabilidade atmosférica e formação das nuvens cumulonimbus. Nessas nuvens, o ar quente sobe e o frio desce rapidamente, gerando ventos em alta velocidade que, ao tocarem o solo, formam o tornado. O fenômeno dura segundos ou minutos em áreas restritas.
  • Ciclone extratropical: Sistema de baixa pressão que movimenta massas de ar quente e frio em latitudes médias, como no Atlântico Sul, formando nuvens de chuva que podem durar dias e se espalhar por grandes áreas.
  • Ciclone tropical (furacão e tufão): Formam-se em águas oceânicas quentes próximas à Linha do Equador. O nome muda conforme a região: furacão (Atlântico Norte), tufão (Pacífico Noroeste) e ciclone (Atlântico Sul, Pacífico Sul, Oceano Índico). Esses sistemas retiram sua energia do calor do mar e são responsáveis por tempestades intensas em áreas amplas.

“Zona Tropical da Terra, representada pela retângulo vermelho na imagem acima. Foto: Domínio Público”

🌪️ A meteorologia ainda não consegue dizer exatamente onde os tornados vão se formar, nem quais são os gatilhos para que eles surjam.

Frequência e Impacto Climático

Ciclones extratropicais são comuns na Região Sul do Brasil principalmente no outono e inverno, mas especialistas apontam que a frequência de eventos extremos, como esses ciclones e tornados, está aumentando devido às mudanças climáticas.

O aquecimento global tem potencializado fenômenos meteorológicos fora dos padrões históricos, tornando chuvas intensas, secas, ondas de calor e frio mais frequentes e intensas.

Cenário que exige atenção das autoridades e da população para os riscos associados e as medidas preventivas durante a passagem dessas tempestades.

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