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Entrevista com o Pré-candidato a prefeito de Tupã Bruno Marquezi

Eleições 2020

Jornalistas Ailime Piva e Muryllo Simon

Bruno Marquezi, nasceu na cidade de Tupã em 19 de maio de 1983. É casado com a enfermeira Riciany Alvarenga com quem tem um filho – Emanuel. Empresário na cidade, Bruno também foi consagrado há seis anos pastor e atua no ministério ÁGAPE – a Igreja do Amor Incondicional de Deus, onde desenvolve diversas ações sociais.

Em sua página no facebook e no Youtube, Marquezi produz conteúdos para o seu programa “Pare e Pense” que visam refletir sobre os mais diversos temas, sempre com a presença de um convidado. Atualmente, cursa faculdade de Teologia na busca de aprofundar seus conhecimentos.

Dedicado principalmente nas vertentes empresarial e ministerial, Bruno destaca na entrevista o seu amor em servir pessoas e afirma que uma das dificuldades das eleições deste ano é o distanciamento social, tendo em vista as restrições vivenciadas neste tempo.

Confira a entrevista

1 – O que te motiva sair como pré-candidato a prefeito em Tupã?

Em função do meu ministério pastoral e diante de muitas ações sociais realizadas, eu conheci muito de perto as necessidades das pessoas. Por meio da atuação no Conselho de Pastores eu tive, por exemplo, a oportunidade de vivenciar uma experiência com a política que hoje atua em nossa cidade. Eu vivi duas experiências, e a partir dessas experiências, tive o entendimento, a clareza, que havia uma grande necessidade; não só uma primária, mas uma necessidade de esperança. Eu entendi que precisava estender aquilo que já vivencio: atender as pessoas. Olhando para o contexto político, vi que o interesse não era as pessoas, não era de transformar a vida das pessoas, de trazer esperança, não era trazer desenvolvimento a ponto de levar àquelas pessoas a terem uma qualidade de vida, poderem aumentar seus padrões dentro das classes sociais, então eu entendi que alguma coisa precisaria ser feita. Naturalmente que neste momento, veio também esse anseio, esse chamado, e alguns cidadãos entendendo e requerendo de mim que tivesse uma atuação política e de gestão pública. E, é óbvio, que apesar de uma decisão bastante difícil, e como eu disse recentemente, por meio de Deus, e de algumas atitudes que vim tomando na vida e de princípios que consegui organizar a minha vida, eu aceitei, porque acredito que eu possa fazer muito mais pelas pessoas, e quando digo isso, eu penso na cidade de forma macro, em todas áreas da sociedade, e em poder realmente gerar um novo desenvolvimento, levar a cidade a viver uma nova experiência.

2 – Quando e em que nível já esteve ou está dedicado a alguma ação de interesse público?

Quando a gente pensa ou recebe essa pergunta pela primeira vez, o que vem a minha cabeça são ações sociais, por exemplo. Eu acredito que a ação de interesse público ela vai muito além da ação social. Vou pontuar algumas ações sociais que eu participei e até mesmo idealizei frente a minha atuação como pastor da Igreja Ágape em Tupã: o Sopão, que acontece todas às terças-feiras, e já fazem aproximadamente dois anos e em função da pandemia não estamos fazendo. Nós também temos um projeto de entrega de roupas, inclusive realizamos o ‘1º varal Solidário’. Fazemos campanhas, como do agasalho, de arrecadação de alimentos, entrega de brinquedos e cestas básicas, natal solidário, sempre percorrendo alguns bairros da cidade e atendendo a necessidade de diversas famílias. A todo momento nós temos essa disposição em atender pessoas. Na área empresarial, por exemplo, quando penso em um empreendimento, ele tem um propósito, trazer qualidade de vida para as pessoas, melhoria nas moradias, levar as pessoas para bairros com mais infraestrutura, projetos familiares (a felicidade da realização de um sonho), há uma disposição de todos, toda a família se mobiliza no propósito de adquirir um bem, então existe essa ação que eu acredito ser de interesse público. Fora que nós levamos desenvolvimento, geramos emprego, mobilidade pública, melhorias na infraestrutura das cidades, porque para a gente poder implantar um empreendimento, todo o entorno deve estar absorvendo as necessidades desse espaço, galerias de águas pluviais, água potável, as guias precisam estar asfaltadas. Na área social eu atuo como eu destaquei e na área de interesse público empreendedora eu acredito que atuo desta forma.

3 – Com a pandemia do novo Coronavírus diversos serviços na área da saúde foram minimizados ou interrompidos, a exemplo, cirurgias eletivas. Como você vê a saúde pós-pandemia?

Conversando com algumas pessoas, uma das coisas que ficou muito clara, é que muitos tem vivenciado problemas com a saúde.
A pandemia veio piorar o problema da saúde. Quero destacar o trabalho dos médicos, enfermeiros, todas as pessoas que atuam, assim como tem sido dito, eles são heróis. Estão na linha de frente trabalhando contra esse vírus, que por mais que existam muitos estudos, se sabe ainda muito pouco sobre, mas são pessoas dedicadas, que tem ficado inclusive a mercê do vírus.
Então eu quero valorizar essas pessoas, valorizar o profissional de saúde, tenho uma esposa que é profissional de saúde, uma cunhada que é profissional de saúde, reconheço o valor dessa classe e a importância que eles tem.
O problema de saúde é um problema que vem se arrastando. A estrutura na qual a saúde está implementada é falha, e obviamente que a pandemia só veio mostrar isso.
Os problemas de saúde são sério, precisam de uma atenção especial, mas no nosso município é ainda mais sério. É uma área onde tem grande desafios pela frente, não só em atender as demandas e as dificuldades que são muitas, que em função do coronavírus ficaram em segundo plano, então essas necessidades precisam ser atendidas. Mas como elas serão atendidas?
Algumas áreas da saúde são municipais, e o Município precisa atender, como prevenção. Precisamos tratar a saúde como saúde, não como doença crônica. E a prevenção é o que nós devemos priorizar, na saúde familiar, nos postos de saúde.
Precisamos usar para minimizar esses problemas de saúde, as cirurgias que não foram feitas, aquilo que o estado, dentro do município não conseguir atender, nós temos que buscar parcerias, procurar o governo estadual, procurar deputados, trazendo recursos específicos, verbas parlamentares, para que possamos fazer exames, cirurgias de necessidade.
Entenda bem, existe uma parte da saúde que cabe ao município, e a gente precisa cuidar dela com mais atenção do que vem sendo feito, justamente para que ela não sobrecarregue a parte da saúde que é do estado.
Então como que eu vou fazer após a pandemia? Vou cuidar das prioridades, acabar com as filas, com parcerias com o governo do estado e deputados que vão atender a cidade.
É importante dizer também à respeito da saúde, que toda a verba que veio para atendimento do coronavírus, que é o grande vilão dessa história ou foi colocado como. Ela veio especificamente para atender o coronavírus, mas e a verba municipal para atender as demandas municiais? Para atender os exames, cirurgias, ou qualquer outra coisa nesse sentido.
E poder entender também como foi implantada a verba do coronavírus, que em outros municípios estão servindo neste momento para desenvolver a saúde das cidades.
Se ficar olhando para traz não vamos conseguir construir o futuro que a cidade precisa. Mas, naturalmente existem órgãos que buscam essas respostas, que cuidam desse assunto, que é pertinente a isso, não sou eu que faço este trabalho, mas eu preciso entender para que se por um acaso ouve um erro de gestão, que eu venha a fazer diferente.

4 – Temos visto em Tupã um ativismo intenso em relação aos animais de rua. Qual a sua posição sobre o assunto, visto que envolve a temática saúde pública?

Eu penso que esse cuidado, esse ativismo é de extrema importância. Mas é natural que a gente fale que tudo é importante e todas as áreas da sociedade são importantes. Naturalmente, que nós vamos parar em algum momento e dar atenção para alguma em específico no processo de gestão, mas todas as áreas precisam ser cuidadas, atendidas, ter uma atenção especial e essa não é diferente. Primeiro, nós temos que realizar um trabalho forte de conscientização e levar informação sobre as responsabilidades e cuidados exigidos. Também levar para os órgãos responsáveis a questão do abandono de animais, porque isso é um crime. E as parcerias com esse ativismo e os órgãos privados são fundamentais. O município hoje é levado por uma iniciativa do ativismo ou dos órgãos privados, a iniciativa precisa partir cada vez mais do município, ao conhecer as necessidades e os problemas. Esse é um trabalho a cargo do município, então eu acredito que o poder público precisa organizar essa questão, o poder público tem a obrigação de organizar a cidade como um todo, em todas as áreas.

5 – Educação é uma preocupação recorrente e acreditamos que ela é capaz de profundas transformações. Hoje estamos vivendo grandes desafios nesta área, tanto na educação básica, universitária e técnica. Você pretende manter a educação como uma de suas prioridades nos planos futuros?

Eu sou filho de professor, muitas vezes minha mãe nos deixou para ir dar aulas, reflexo disso são os alunos que foram destaques na área. Uma mudança que aconteceu tão positivamente, na vida de muitos jovens.
Eu acredito que a educação é a base pro desenvolvimento que toda sociedade precisa, todas as áreas são importantes, porém a educação transforma uma sociedade, todos os países desenvolvidos tiveram a base forte na educação.
Temos um material de excelente qualidade, mas eu vejo que a educação sofreu muito com a pandemia, então o trabalho será árduo, apesar das dificuldades os professores estão se reinventando, pois não tinham esta preparação.
Nós iremos nos reorganizar, e eu pretendo investir em tecnologia, quando a gente fala de curso profissionalizante eu digo em investir nos cursos e nas matérias, que atualmente não atendem a demanda da região, que está bem desenvolvida.
Precisamos repensar, claro, mantendo o que tem sendo feito com qualidade e elevar um nível a mais, capacitando nossos jovens, levando até eles a tecnologias, com cursos voltados a este tema, buscando parceria com os governos Estaduais, Federais e empresas privadas do próprio município e de outros também.
Priorizar a tecnologia para preparar os jovens para as profissões do futuro.

6 – Na atualidade, o cidadão tem maior facilidade ao fazer críticas, apontar sugestões e, infelizmente, disseminar fake news. O chefe do executivo é essencial no processo de comunicação. Você pretende estar disponível para responder e/ou esclarecer os fatos que envolvem o interesse público?

Eu acredito que a melhor forma de combater a Fake News, é a transparência, ter uma gestão transparente. Nós temos já como lei o portal da transparência, por exemplo. Eu acredito que seja de extrema importância o relacionamento do gestor, do prefeito com a população. É necessária uma gestão participativa, ter a participação da população, viver realmente a inclusão, fazer com que a população tenha essa possibilidade de estar cada vez mais incluída. Penso também em ter comissões que representem a sociedade e ajudem decidir sobre ações do executivo. A melhor forma de combater a Fake News é a verdade. Existe um versículo bíblico onde Jesus disse que se nós conhecermos a verdade, a verdade nos libertará. Quando usado no contexto político, eu acredito que a verdade liberta as pessoas. E quero dizer que o Prefeito é um funcionário da população e ele precisa sim ter essa comunicação, prestar contas dos seus feitos, mas também não só prestar contas, mas juntos poder construir um grande projeto dentro da cidade que atenda a todos, todas as áreas. A Comunicação precisa ser verdadeira.

7 – Quais os desafios, na sua opinião, das eleições 2020 diante do cenário atual?

Como pastor, uma das coisas que eu gosto é de pessoas, na perspectiva de Jesus, a gente aprende a gostar, a amar, compreender, muitos sentimentos são colocados nessa mistura: compaixão, misericórdia, amor e tantas outros. E uma das dificuldades, que particularmente terei nas eleições, é que em função do distanciamento social e restrições deste tempo, eu não consiga me relacionar da forma que pretendia, pensando na forma que convivíamos antes da pandemia. Muitos pessoas já me conhecem, outras não me conhecem, e uma das dificuldades que analiso é não estar próximo a todas essas pessoas, te poder realmente ter um relacionamento a ponto de me conhecerem melhor, ou poder identificar no olhar, nas palavras, no tom, as verdades que fazem a nossa vida. E o grande desafio para mim é esse. Claro, que me relacionarei com as pessoas seguindo todas as restrições, os cuidados necessários e que foram decretos, mas gostaria de poder estender esse relacionamento, de estar com as pessoas, de ouvi-las, conhecer a história delas, suas necessidades e usar essas experiências numa gestão política, porém, acredito que teremos a oportunidade por meio das mídias sociais de trazer realmente ideias, projetos, quem somos, e mesmo assim se fazer conhecido e expressar realmente aquilo que tenho como ideologia para ter das pessoas a definição.

Deixe sua mensagem para os Tupãenses

“A classe política esta cada vez mais desacreditada. Eu quero fazer um convite para a população que assim como eu acredita que Tupã pode mais, pode muito mais do que tem vivido, que precisamos construir juntos essa nova realidade, essa nova história para a cidade de Tupã. Eu quero deixar esse convite para a população, para participar da política, opinar, para construir essa Tupã que pode mais”.

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