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Diário de Profissão: Padre

*História contada em primeira pessoa pelo Padre homenageado Márcio Rios.

No ano jubilar em comemoração aos 2000 anos de Nosso Senhor Jesus Cristo fui agraciado ao chamado à vida sacerdotal. Para mim algo novo, pois nunca tinha pensado em ser padre.

PADRE MÁRCIO ROBERTO RIOS MARTINS

Nasci em Marília aos dezesseis de maio de 1975, filho de José Apparecido Martins e de Maria Ercilia Rios Martins, sou o caçula de três filhos. Recebi o Sacramento do Batismo aos sete de dezembro de 1975 e o Sacramento da Crisma aos quatro de dezembro de 1988, ambos na Catedral Basílica de São Bento de Marília. Fiz minha Primeira Comunhão aos nove de dezembro de 1984 na Capela, hoje Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Jóquei Clube).

Após ter sido crismado e como acontece com a maioria dos jovens, eu ao invés de assumir um compromisso com a Igreja eu sumi da mesma. Participava das missas só de vez em quando e não participava de nenhuma pastoral, nem grupo de jovens da paróquia. Assim foi durante toda a minha juventude.

Cursei o Primeiro Grau na Escola EEPG “Carlota de Negreiros Rocha” nos anos de 1982 a 1984 e na Escola EEPSG “Antônio Augusto Netto” nos anos de 1985 a 1989. Ingressei no Segundo Grau no ano de 1990 na EEPSG “Monsenhor Bicudo”, no ano de 1991 estudei no Colégio Cristo Rei. Neste mesmo ano entrei para o 100º Grupo Escoteiro Cristo Rei onde participei ativamente, aos cuidados do Chefe Irmão Hermínio, carinhosamente chamado de Minhão. Fui Sênior, Pioneiro e Chefe da Tropa de Escoteiros. Participei do Escoteiro por 8 anos de minha vida que foram os melhores anos, pois aprendi o respeito às pessoas, à natureza e a ter valores como a lealdade, espírito de equipe, de solidariedade, sinceridade e respeito à Deus e ao próximo. Conclui o Segundo Grau no Centro Educacional de 1º e 2° Grau (antigo Interativo) no ano de 1992.

No ano de 1994 prestei o vestibular para Medicina Veterinária na Universidade de Marília – UNIMAR – e formei-me no ano de 1998. Durante o curso também continuei não participando das missas dominicais. Às vezes participava das missas em comemoração ao dia de São Francisco, que é o padroeiro dos Médicos Veterinários.

Após a formatura, já no ano de 1999, trabalhei durante alguns meses em Marília e depois fui trabalhar em São Paulo numa clínica veterinária. Mas fiquei pouco tempo e logo retornei para Marília, onde voltei a trabalhar como autônomo.

No ano seguinte consegui um financiamento junto à Caixa Econômica Federal para montar uma clínica veterinária e também contei com a ajuda dos meus pais. O sonho estava se realizando e assim montei a minha clínica que se chamava Clínica Veterinária Cão de Guarda. Era uma clínica completa com Pet Shop e também banho e tosa.

Trabalhando na clínica sentia a necessidade de agradecer a Deus pelo sonho realizado e que estava sendo um sucesso. Assim, resolvi ir a uma missa no Santuário Nossa Senhora da Glória em Marília para agradecer a clínica. Mas a minha intenção era participar de duas ou três missas para agradecer a Deus e depois então não aparecer mais. Quanto engano… Comecei a participar de todas as missas dominicais assiduamente. Não perdia uma missa e rezava para que não aparecesse nenhum animal para ser atendido para que pudesse ir à missa.

É claro que comecei a estranhar tamanha motivação para ir às missas, mas fazia-me sentir muito bem. E foi assim que após alguns meses numa missa, na hora da consagração eu senti o chamado de Jesus para ser padre. É até difícil explicar o que senti, mas alguns sentimentos são claros: como alegria, paz e um amor muito grande tomaram conta do meu coração.

Mas mesmo assim fiquei confuso, pois nunca tinha pensado em ser padre, o movimento da minha clínica era grande e eu estava feliz como veterinário.

Essa confusão persistiu por um bom tempo e então resolvi conversar com o Padre Sidnei de Paula Santos, que era o meu pároco na época, e explicar o que estava acontecendo comigo. Dessa forma, ele fez comigo uma direção espiritual. Comecei a participar da comunidade e fiz também encontro e retiro vocacional.

Quando contei para meus pais eles não entenderam muito bem, assim como eu, mas em seguida aceitaram e hoje estão muito felizes com a minha decisão.

Então, depois do retiro vocacional e com toda a certeza em meu coração, fechei a clínica e no ano de 2001, ingressei no Seminário Propedêutico São Pio X, que é um período muito importante para o candidato que entra no processo de formação, pois nesta etapa o mesmo pode amadurecer melhor a sua vocação e construir bases sólidas, sobretudo, no campo da espiritualidade, pode conhecer melhor a diocese e o seu bispo.  Depois ingressei no Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus onde cursei a Filosofia e conclui o curso pela Universidade do Sagrado Coração de Jesus nos anos de 2004. Durante os anos de 2002 e 2003 fiz estágio pastoral na Paróquia São Luis Gonzaga de Iacri; em 2004 e 2005 na Paróquia Sagrada Família de Lucélia.

No ano de 2005 ingressei no Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos de Marília onde cursei Teologia. Fui admitido às Ordens Sacras na Residência Episcopal no dia 17 de março de 2005. Em 2006 iniciei o estágio pastoral no Santuário Sagrado Coração de Jesus de Vera Cruz e no dia 23 de abril do mesmo ano recebi os Ministérios de Leitor e Acólito na Paróquia Santo Antônio de Marília. Em 2006 e 2007 participei da Equipe Diocesana da Pastoral do Batismo; em 2007 até junho de 2008 fiz estágio pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Adamantina. Fui ordenado Diácono no dia dois de agosto de 2008, na Catedral Basílica de São Bento. Exerci o Diaconato na Paróquia Santo Antônio de Junqueirópolis.

Na Celebração Eucarística na Catedral Basílica de São Bento do dia sete de fevereiro de 2009 fui ordenado padre pela imposição das mãos e oração consecratória de nosso querido bispo emérito Dom Osvaldo Giuntini.

Como padre iniciei o meu ministério sacerdotal na Paróquia Sagrada Família de Lucélia, Paróquia Imaculado Coração de Maria de Inúbia e Paróquia Santa Luzia de Pracinha. De 2013 à 2018 fui pároco na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia e no dia trinta e um de janeiro de 2019, Dia de Dom Bosco, assumi como pároco a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Tupã e aqui estou.

Conto com a oração e amizade de todos. Um grande abraço e que Deus os abençoe.

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