A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) impôs limitações nos voos comerciais em sete aeroportos brasileiros, incluindo três importantes aeroportos do interior de São Paulo: Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Araçatuba.
A medida, publicada em 6 de outubro, vigora até 28 de março de 2026 e tem como objetivo cobrar adequações na infraestrutura e segurança operacional.
O Aeroporto Estadual Adhemar de Barros, em Presidente Prudente, é o terceiro mais movimentado do interior paulista, com mais de 20 mil passageiros por mês. Já São José do Rio Preto registra média mensal superior a 55 mil passageiros, enquanto Araçatuba recebe cerca de 8,7 mil passageiros, entre embarques e desembarques.
A ANAC exige quatro principais melhorias:
- Adequação da largura da pista de pouso e decolagem compatível com as aeronaves utilizadas;
- Manutenção da faixa da pista limpa e livre de obstáculos;
- Delimitação da Área de Segurança de Fim de Pista (RESA);
- Instalação do Indicador de Precisão da Trajetória de Aproximação (PAPI), essencial para voos noturnos.
Sem o equipamento PAPI, os aeroportos ficam impedidos de operar durante a noite. Além disso, os aeroportos de Presidente Prudente, Araçatuba e São José do Rio Preto tiveram a frequência semanal de aeronaves do código 4C — com envergadura de asa de até 36 metros — reduzida.
As limitações são resultado do não cumprimento das adequações até o prazo final em 3 de outubro. A restrição nas frequências semanais para esses aeroportos é:
- Araçatuba: 4 voos semanais;
- Presidente Prudente: 6 voos semanais;
- São José do Rio Preto: 30 voos semanais.
No total, sete aeroportos em diferentes estados sofreram limitações semelhantes, entre eles Fernando de Noronha (PE) e Caxias do Sul (RS).
A concessionária Aeroportos Paulistas (ASP), responsável pelos aeroportos de São José do Rio Preto e Presidente Prudente, informou que já estão em andamento projetos para ampliar a largura das pistas conforme as exigências da ANAC.
A ASP afirmou que as intervenções podem ser concluídas em menos de um ano, sem necessidade de desapropriações, pois há espaço suficiente dentro das áreas aeroportuárias para garantir a segurança.
A concessionária reforçou que, até o momento, não houve alterações nas operações e nos horários dos voos que chegam ou partem desses aeroportos.
Impacto aos passageiros
As limitações impostas pela ANAC nos aeroportos de Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Araçatuba impactam diretamente os passageiros locais ao reduzir a frequência dos voos semanais, prejudicando a oferta de opções de viagem principalmente para as aeronaves maiores.
Presidente Prudente, que movimenta mais de 20 mil passageiros por mês, terá sua frequência de voos desse porte reduzida para apenas 6 voos semanais, enquanto Araçatuba, com cerca de 8,7 mil passageiros mensais, fica limitada a 4 voos e São José do Rio Preto, o mais movimentado da região com 55 mil passageiros, será restrito a 30 voos semanais.
A ausência do equipamento PAPI impede o funcionamento de voos noturnos, o que restringe ainda mais a conectividade e flexibilidade dos passageiros, obrigando-os a buscar alternativas em horários diurnos ou outros aeroportos.
Essas restrições podem causar desconforto devido à menor oferta de horários e rotas, aumento de tempo de espera e possíveis afastamentos das localidades atendidas para conexões em aeroportos maiores.
A concessionária Aeroportos Paulistas, responsável por São José do Rio Preto e Presidente Prudente, garantiu que projetos estão em andamento para sanar as deficiências de infraestrutura e que as intervenções deverão ser concluídas em menos de um ano, sem impacto imediato nos horários dos voos.
foto: 3º aeroporto mais movimentado da região, o Aeroporto em Presidente Prudente atende mais de 20 mil passageiros por mês | Divulgação/APS
