Tupãense: Dr. Paulo Raymundo coordena pesquisa da USP que cria teste de saliva capaz de acelerar diagnóstico de doenças mentais


Tecnologia brasileira promete rapidez, baixo custo e menos sofrimento para pacientes


Um simples teste de saliva poderá, em breve, ajudar médicos a identificar precocemente a depressão e outras doenças mentais. A inovação vem do trabalho de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com outras instituições brasileiras, que desenvolveram um sensor descartável e barato, capaz de detectar em minutos alterações associadas a transtornos como depressão, Alzheimer e Parkinson.

O dispositivo mede os níveis da proteína BDNF, fundamental para a saúde das células do cérebro. A queda dessa substância está diretamente relacionada ao risco de distúrbios neurológicos e psiquiátricos. Atualmente, esse tipo de exame só pode ser feito em laboratórios especializados, com alto custo e demora nos resultados.

Baixo custo e sustentabilidade

Cada unidade do sensor deve custar menos de R$ 12, o que pode tornar o exame acessível não apenas a grandes hospitais, mas também a postos de saúde, consultórios médicos e até ao uso domiciliar para acompanhamento de pacientes.

O projeto também se destaca pela preocupação ambiental: o dispositivo é fabricado com materiais simples e de baixo impacto, favorecendo o descarte sustentável.

Impacto global

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 280 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. O transtorno é uma das principais causas de afastamento do trabalho e perda de qualidade de vida, além de estar relacionado a mais de 700 mil mortes por suicídio todos os anos.

O tupãense professor Dr. Paulo A. Raymundo-Pereira, do IFSC/USP, coordenador da pesquisa e autor correspondente do artigo publicado na revista internacional ACS Polymers Au, destacou a importância do avanço.

“O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. Este tipo de tecnologia coloca o Brasil na linha de frente da inovação em saúde mental”, afirmou o pesquisador.

Futuro próximo

A expectativa é que o sensor possa ser integrado a celulares e aplicativos de saúde, permitindo o envio direto dos resultados a médicos e equipes de acompanhamento. Esse avanço abre caminho para uma medicina mais personalizada e preventiva, em que o próprio paciente participa ativamente do cuidado com a sua saúde.

O estudo recebeu apoio da Fapesp, CNPq e Capes. Além do professor Dr. Paulo Raymundo-Pereira (IFSC/USP), participaram os pesquisadores Marcelo Calegaro (IQSC/USP), Nathalia Gomes (IQSC/USP – LNNA Embrapa Instrumentação), Luiz Henrique Mattoso (LNNA Embrapa Instrumentação), Sergio Machado (IQSC/USP) e Osvaldo Novais de Oliveira Junior (IFSC/USP).

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