
Campanha Setembro Verde chama atenção para o debate em torno da importância da doação
Dedicada à conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos no Brasil, a Campanha Setembro Verde vem ganhando cada vez mais destaque.
“Ser doador é um ato de generosidade que pode salvar e transformar vidas”, destaca o enfermeiro Diego Vassoler. Segundo ele, é fundamental que pessoas que pretendem doar órgãos expressem essa vontade a familiares.
“Documentos nos quais está expresso o desejo, por exemplo, já não têm validade. Constatada a morte encefálica, é necessário que algum familiar de primeiro grau autorize a retirada de órgãos. É fundamental que haja diálogo e que este tema seja debatido em família”, explica Vassoler.
“A doação só se efetiva com autorização familiar, mesmo que a pessoa tenha manifestado esse desejo em vida”, acrescenta o especialista. Ele destaca que, no Brasil, milhares de pessoas aguardam na fila por um transplante que pode significar a diferença entre a vida e a morte.
De acordo com números oficiais, um único doador pode beneficiar até oito pessoas com a destinação direta de órgãos e dezenas de outros pacientes com a doação de tecidos, devolvendo não apenas saúde, mas também esperança de uma vida plena.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, no ano passado foram realizados 30.300 transplantes pelo SUS, um recorde histórico.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, atualmente, cerca de 78.000 pessoas estão na fila de espera por doações de órgãos no país.
Os órgãos com maior demanda são: rim, com cerca de 42.838 pessoas aguardando; córnea, com aproximadamente 32.349; e fígado, com cerca de 2.387 pessoas.
Os tecidos mais transplantados incluem a córnea (17.107 procedimentos em 2024), além de transplantes de rim (6.320), medula óssea (3.743) e fígado (2.454).