
Uma residência na rua Afonso Ponce, no bairro Vila Santa Clara, em Tupã, foi parcialmente destruída por um incêndio na manhã desta quarta-feira (23). O caso, que inicialmente parecia um acidente, se revelou mais tarde como desdobramento de uma grave situação de violência doméstica.
Segundo apuração, o incêndio teria sido provocado pelo próprio morador, um homem de 40 anos, após a companheira e a filha registrarem boletim de ocorrência contra ele na Central de Polícia Judiciária (CPJ). De acordo com o Delegado de plantão, Dr. Sandro Resina Simões, a mulher buscou ajuda policial na noite de segunda-feira (21), relatando episódios de agressão.
Na sequência, o homem perseguiu a companheira até a casa de uma amiga onde ela havia se abrigado com a filha. Após ameaças, ele fugiu do local, mas a escalada da violência motivou o pedido de uma medida protetiva de urgência, concedida ainda na noite de terça-feira (22). Por segurança, mãe e filha passaram a noite em outra residência.
Sem conseguir localizar a família, o agressor teria ateado fogo na casa onde moravam. O Corpo de Bombeiros foi acionado por vizinhos e conseguiu controlar as chamas, mas a residência foi seriamente danificada. O homem permaneceu dentro do imóvel durante o incêndio e acabou intoxicado pela fumaça, sendo socorrido por uma unidade de resgate e encaminhado à Santa Casa de Tupã.
Policiais militares foram até o hospital e efetuaram a prisão do suspeito ainda durante o atendimento médico. “Os policiais Duque e Flacon agiram com rapidez e sensibilidade diante da gravidade da situação”, destacou o delegado.
Autuado em flagrante, o homem permanece sob escolta policial no hospital e será transferido para a CPJ tão logo receba alta médica. Caso a companheira e a filha estivessem no imóvel no momento do incêndio, o desfecho poderia ter sido trágico. “A orientação sempre é denunciar qualquer ato de violência, mesmo que pareça pequeno, e buscar imediatamente medidas protetivas. Isso pode salvar vidas”, completou Dr. Sandro.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o autor não possuía antecedentes criminais.






