Como funciona a escolha do novo Papa

Os últimos ajustes estão sendo realizados no Vaticano para um dos momentos mais simbólicos e aguardados da Igreja Católica: a escolha do próximo Papa. Com a participação de 133 cardeais eleitores, o conclave terá início na próxima terça-feira, 7 de maio, na Capela Sistina.

O evento traz consigo tradições centenárias, entre elas a emblemática fumaça branca ou preta que emerge da chaminé instalada no telhado da capela.

Neste sábado, 3 de maio, o Escritório de Imprensa da Santa Sé divulgou imagens da Capela Sistina já preparada para o evento, incluindo a instalação da icônica chaminé no telhado—o principal sinal externo que indica os resultados das votações.

Na sexta-feira, membros do Corpo de Bombeiros do Vaticano ajustaram a estrutura por onde sairá a fumaça que comunicará ao mundo o desfecho do processo.

A fumaça como símbolo da decisão

A cada rodada de votação, os cardeais queimam as cédulas utilizadas no processo. Se a fumaça que sobe for preta, significa que não houve consenso entre os eleitores; se for branca, indica que pelo menos dois terços dos votantes (89 dos 133 cardeais) chegaram a um acordo e um novo pontífice foi escolhido.

Para garantir a clareza do sinal, a fumaça branca recebe uma mistura química composta de perclorato de potássio, lactose e clorato de cálcio, enquanto a fumaça preta é gerada pela adição de perclorato de potássio, antraceno e enxofre.

O rito do conclave

O processo é iniciado com a missa votiva Pro Eligendo Romano Pontifice, seguida da entoação da Ladainha de Todos os Santos. Antes do início das votações, os cardeais juram sigilo absoluto, comprometendo-se a rejeitar qualquer influência externa.

No momento decisivo, o mestre das cerimônias litúrgicas pronuncia a expressão em latim extra omnes, ordenando a saída de todos os que não participam diretamente do conclave.

Os cardeais utilizam uma cédula onde escrevem o nome do candidato escolhido sob a expressão Eligo in Summum Pontificem.

No instante em que depositam o voto na urna, repetem o juramento: “Invoco a Cristo, o Senhor, que me julgará, para testemunhar que meu voto é dado àquele que, segundo Deus, acredito que deve ser eleito.”.

A expectativa pelo anúncio: Habemus Papam

A primeira votação acontece na noite de terça-feira, seguida de quatro escrutínios diários. O processo pode se estender por vários dias, mas a qualquer momento, uma fumaça branca pode anunciar ao mundo que um novo Papa foi escolhido.

Quando isso ocorre, a expressão Habemus Papam ressoa pelo Vaticano, proclamando oficialmente o novo líder da Igreja Católica.

Fiéis do mundo inteiro aguardam ansiosamente diante da Capela Sistina, atentos a cada sinal. O conclave não é apenas um evento religioso, mas também um acontecimento histórico que marca o futuro da Igreja Católica.

Quem São os Principais Candidatos ao Papado?

Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica se prepara para a escolha de seu sucessor. O conclave, que reunirá cardeais de todo o mundo na Capela Sistina, promete ser um dos mais disputados dos últimos tempos.

Entre os nomes mais cotados para assumir o cargo de líder máximo da Igreja, destacam-se figuras de diferentes perfis e nacionalidades.

Os Favoritos ao Papado

Entre os principais candidatos, o cardeal Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, surge como um dos favoritos. Com uma trajetória diplomática sólida, Parolin é visto como um nome moderado, capaz de manter a linha de diálogo e mediação que marcou o pontificado de Francisco.

Outro nome forte é o do cardeal Luis Antonio Tagle, das Filipinas. Conhecido por sua postura progressista e alinhada com as reformas promovidas pelo Papa Francisco, Tagle é considerado um dos principais defensores da justiça social dentro da Igreja.

O cardeal Peter Turkson, de Gana, também aparece entre os favoritos. Caso seja eleito, ele se tornará o primeiro Papa negro da história da Igreja Católica. Turkson tem um perfil progressista e é reconhecido por seu trabalho em áreas como ecologia e desenvolvimento humano.

A Possibilidade de um Papa Brasileiro

O Brasil também tem um representante entre os possíveis sucessores de Francisco. O cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, é apontado como um dos candidatos que compartilham a visão do Papa Francisco. Steiner tem se destacado por sua atuação na defesa da Amazônia e das comunidades indígenas, temas que foram centrais no pontificado de Francisco.

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