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No combate à pornografia infantil, Polícia Federal deflagra Operação Proteção Integral

Em Presidente Prudente, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Ação também já resultou na prisão em flagrante de um homem, de 25 anos.

Celulares, HD e pendrive foram apreendidos em Presidente Prudente — Foto: Polícia Federal/Cedida

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (24) a Operação Proteção Integral para o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão. A ação visa ao combate à pornografia infantil e ocorreu em Presidente Prudente (SP), Marília (SP), Bauru (SP), São Paulo (SP) e Brasília (DF).

A investigação teve início em 2016, baseada em informações decorrentes da Operação Gênesis, e visou a identificar pessoas que estariam se utilizando de serviços da internet hospedados nos Estados Unidos da América (EUA) para distribuição de material contendo pornografia infantil.

As apurações da Polícia Federal identificaram os locais de onde teriam compartilhado o material de pornografia infantil e, nesta terça-feira (24), foram realizadas as buscas e apreensões em nove endereços nas cidades citadas.

Em Presidente Prudente, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, que resultaram em HD, pendrive, celulares e fitas de vídeo confiscados.

Até o momento desta publicação, um homem de 25 anos havia sido preso em flagrante, em Quintana (SP), e conduzido à Delegacia da Polícia Federal, em Marília

Ele responderá pelos crimes descritos nos artigos 241-A e 241-B, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tratam sobre a distribuição e o armazenamento de pornografia infantil. As pena são de três a seis anos e de um a quatro anos de reclusão, respectivamente.

A operação foi batizada de “Proteção Integral” em referência ao princípio que norteia o Estatuto da Criança e Adolescente, em toda sua estrutura.

Delegados Daniel Coraça Júnior e Leopoldo Andrade de Souza deram detalhes da operação — Foto: Junior Paschoalotto/TV Fronteira

Monitoramento e comunicações

Em coletiva de imprensa, o delegado-chefe da PF em Presidente Prudente, Daniel Coraça Júnior, e o delegado coordenador da operação, Leopoldo Andrade de Souza, explicaram que os investigados da região apareceram a partir da comunicação feita pela divisão da PF em Brasília voltada a este tipo de crime com o exterior.

“Esses alertas são enviados pelos Estados Unidos. Os EUA mandam para a nossa divisão em Brasília e a nossa divisão, através do Projeto Gênesis, reúne todas essas informações, analisa e encaminha a cada delegacia que tem a atribuição para investigar o fato ocorrido na sua região”, afirmaram.

Assim que as informações chegaram a Presidente Prudente, foi instaurado um inquérito para que as investigações fossem iniciadas. Os trabalhos de campo e de inteligência identificam quem acessou e de onde acessou.

“Hoje conseguimos arrecadar e apreender materiais, HDs, pendrives, CDs nas residências dos alvos em Presidente Prudente. Esse material será periciado, nós faremos uma análise técnica para verificar o conteúdo, e ali encontrar algum material de pornografia infantil”, explicaram.

Materiais foram apreendidos nesta terça-feira (24) pela Polícia Federal — Foto: Junior Paschoalotto/TV Fronteira

Foi esclarecido que o material “transita” por outros países e existe um serviço de monitoramento da internet que visa a coibir esse tipo de crime. “Então, se a organização lá nos Estados Unidos recebe lá e vê que a origem é o Brasil, encaminha pra gente, a mesma coisa das organizações no Brasil, quando percebem que é de origem estrangeira. As polícias se conversam”, afirmaram.

No decorrer da investigação, embora tenha havido o cumprimento dos mandados nesta terça-feira (24), já ocorreram outras duas prisões em flagrante, em Presidente Prudente.

O Projeto Gênesis tem por finalidade atender todas as demandas que chegam do exterior, organizar, tratar a matéria e encaminhar às delegacias de atribuição territorial.

O próximo passo é a perícia dos materiais apreendidos.

Ainda conforme os delegados, não há um perfil específico traçado para este tipo de criminoso. Contudo, existe uma situação “em comum entre deles: foram abusados sexualmente enquanto crianças”.

“Então, geralmente, o abusado pode vir a se tornar o abusador no futuro. É uma questão bem delicada que precisa ser estudada pelos órgãos de saúde pública para verificar uma saída mais humana e que realmente consiga uma punição à altura para esse tipo de crime, porque precisam de tratamento”, foi pontuado.

Fonte: G1

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